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Tarifa de energia elétrica: quais são os grupos e suas diferenças?

Você já parou para pensar por que a conta de luz da sua casa é diferente da de uma empresa ou indústria? Isso acontece por causa da tarifa de energia elétrica, que varia conforme o perfil de consumo, a tensão usada e o grupo tarifário ao qual a unidade pertence.

Entender como funcionam esses grupos e suas diferenças pode fazer toda a diferença na hora de economizar. Neste artigo, explicamos tudo para você entender seu perfil e, quem sabe, até pagar menos pela energia que consome.

Boa leitura!

O que é tarifa de energia elétrica?

A tarifa de energia elétrica é o valor que consumidores pagam pelo fornecimento de energia. Ela é definida pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e considera diversos fatores, como os custos de geração, transmissão, distribuição e encargos setoriais.

Essa tarifa não é única para todos. Existem diferentes modalidades e grupos tarifários, com regras específicas conforme o tipo de conexão (baixa ou alta tensão), o consumo mensal e o perfil do consumidor. Tudo isso afeta diretamente quanto você paga no fim do mês.

Quais são os grupos tarifários de energia elétrica?

As modalidades tarifárias são formas diferentes de calcular quanto cada pessoa ou empresa vai pagar pela energia elétrica que consome. Esse cálculo leva em conta tanto a quantidade de energia usada (em kWh), quanto a potência que foi contratada para ser usada em determinados momentos.

Essas regras seguem normas definidas pela ANEEL, a agência que regula o setor de energia no Brasil (especialmente a Resolução Normativa nº 1.000/2021 e o Módulo 7 do Proret), que detalham como essas tarifas devem ser aplicadas.

Para organizar melhor a cobrança, a ANEEL separa os consumidores em dois grupos principais:

Grupo A (alta tensão)

O Grupo A é formado por consumidores que utilizam energia em alta ou média tensão. São, principalmente, indústrias, grandes comércios, shopping centers, hospitais de grande porte e outras instalações com alta demanda.

Esse grupo se divide nos seguintes subgrupos:

  • A1: tensão igual ou superior a 230 k;
  • A2: tensão de 88 kV a 138 kV;
  • A3: tensão de 69 kV;
  • A3a: tensão de 30 kV a 44 kV;
  • A4: tensão de 2,3 kV a 25 kV;
  • AS: atendimento subterrâneo.

Existem duas modalidades tarifárias para este grupo:

  • Horária azul: tarifas variam conforme os horários de uso, tanto para o consumo quanto para a demanda contratada;
  • Horária verde: tarifas variam conforme o horário apenas para o consumo; a demanda tem valor único.

Grupo B (baixa tensão)

O Grupo B inclui os consumidores atendidos em baixa tensão, geralmente até 220 V. Aqui estão:

  • B1: residencial (inclui também a subclasse de baixa renda);
  • B2: rural (agricultura, aquicultura, agroindústria);
  • B3: demais classes (comércio, serviços, pequenas indústrias, etc.);
  • B4: iluminação pública.

As opções tarifárias para este grupo são:

  • Convencional monômia: tarifa única, sem variação por horário;
  • Tarifa branca: tarifa que varia conforme o horário de consumo (fora de ponta, intermediário e ponta). Não está disponível para iluminação pública (B4) e para residências de baixa renda (subclasse B1).

Leia também: “Como escolher entre Mercado Livre de Energia e Geração Distribuída?”

Como cada grupo tarifário impacta os custos?

Estar em um grupo tarifário ou outro influencia diretamente quanto você paga pela energia elétrica. Isso porque cada grupo tem regras de cobrança diferentes e, muitas vezes, tarifas mais ou menos vantajosas conforme o perfil de uso.

No Grupo A, as grandes empresas precisam contratar uma demanda mínima de potência e pagar tarifas diferenciadas conforme o horário de uso. Se o consumo não for bem gerenciado, os custos podem subir rapidamente. Porém, se houver planejamento, é possível ter economia significativa usando energia fora do horário de ponta.

Já no Grupo B, o consumidor paga apenas pelo que consome, sem necessidade de contratar demanda. Para residências, a Tarifa branca pode ser vantajosa para quem consome mais energia fora do horário de pico, geralmente à noite ou aos fins de semana. Mas é preciso atenção: se o consumo se concentrar nos horários de ponta, a conta pode até aumentar.

Ou seja, empresas e residências estão, sim, em grupos diferentes. E isso afeta diretamente o orçamento. Por isso, entender as regras de cada grupo é o primeiro passo para fazer escolhas mais conscientes.

Como identificar o grupo tarifário da sua unidade?

Saber a qual grupo sua unidade consumidora pertence é mais fácil do que parece. Basta pegar sua conta de luz e procurar pela seção onde aparecem os dados técnicos do fornecimento. Lá estará indicado se você pertence ao Grupo A ou B, além do subgrupo e da modalidade tarifária vigente.

Se você é responsável por um negócio, vale a pena analisar com atenção se a modalidade atual é realmente a mais adequada para o seu perfil de consumo. Muitas empresas estão pagando mais do que deveriam por falta de revisão tarifária.

Em alguns casos, migrar de uma modalidade para outra dentro do mesmo grupo pode gerar uma economia relevante.

Além disso, vale contar com apoio técnico para fazer essa análise. Um profissional da área de energia pode ajudar a avaliar o consumo, identificar horários de pico e sugerir ajustes ou melhorias que impactem positivamente sua conta.

Conclusão

Cada perfil de consumo exige uma análise específica, e pequenas mudanças (como o horário de uso ou a escolha da modalidade) podem representar uma grande diferença no fim do mês.

Seja em casa ou na empresa, acompanhar seu consumo e conhecer bem o grupo tarifário ao qual pertence é um passo importante para otimizar os custos e usar a energia de forma mais inteligente.

Quer pagar menos na sua conta de luz? Entre em contato com nosso time e descubra como identificar a melhor opção tarifária para o seu perfil. Podemos te ajudar a economizar de verdade e entender tudo sobre seu consumo de forma simples e personalizada.

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