O Mercado Livre de Energia, também conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL), foi oficialmente criado no Brasil em 1998, com a publicação da Resolução nº 265 da ANEEL em 13 de agosto daquele ano.
No entanto, suas raízes surgiram na década de 1990, um período em que muitos países começaram a reformar seus setores elétricos para estimular a competição e melhorar a eficiência energética.
No Brasil, a abertura do mercado foi impulsionada pela necessidade de desregulamentar o setor, que até então era dominado por monopólios estatais regionais, sem possibilidade de escolha para os consumidores finais.
Com a publicação da Lei nº 9.074, de 1995, que estabeleceu o novo modelo do setor elétrico, abriu-se a possibilidade para que grandes consumidores pudessem negociar contratos de energia diretamente com geradoras e comercializadoras, em vez de depender exclusivamente das distribuidoras locais.
Assim, o Mercado Livre de Energia iniciou sua jornada oficial em 1998, permitindo que consumidores de grande porte tivessem liberdade para escolher fornecedores, negociar preços e definir condições contratuais, inaugurando um novo capítulo para o setor.
Continue a leitura para saber a história completa!
Além da Resolução nº 265/1998, que instituiu a comercialização livre de energia, outras legislações e decretos reforçaram o arcabouço legal do ACL, entre eles:
Essas normas foram fundamentais para estabelecer regras claras e seguras, que garantiram o funcionamento eficiente do mercado e a proteção dos direitos dos consumidores e agentes envolvidos.
O principal motivo para a criação do Mercado Livre de Energia foi a necessidade de modernizar e tornar mais competitivo o setor elétrico brasileiro.
Até então, o mercado cativo, onde consumidores eram obrigados a comprar energia exclusivamente das distribuidoras locais, apresentava preços fixados regulatoriamente e pouca flexibilidade.
A abertura permitiu que grandes consumidores buscassem melhores condições, promovendo a concorrência entre fornecedores, o que resultou em preços mais atrativos e maior eficiência no uso dos recursos energéticos.
Essa mudança foi acompanhada por uma tendência global de desregulamentação e privatização do setor elétrico, buscando estimular investimentos e inovação.
O ACL é o espaço onde consumidores, geradoras, comercializadoras e agentes do setor elétrico negociam livremente contratos de energia elétrica.
Diferentemente do mercado cativo, onde os preços são definidos pelas tarifas reguladas das distribuidoras, no ACL os preços e condições são negociados diretamente entre as partes, possibilitando maior flexibilidade.
Isso significa que empresas com perfis de consumo variados podem contratar energia de acordo com suas necessidades específicas, escolhendo fornecedores, períodos de contrato, volumes e preços fixos ou variáveis.
Essa liberdade permite melhor planejamento financeiro e redução significativa nos custos com energia.
Inicialmente, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) estava restrito a grandes consumidores, como indústrias e grandes estabelecimentos comerciais com alta demanda e conexão em alta tensão. No entanto, essa realidade vem mudando rapidamente.
Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mais de 32 mil novos consumidores migraram para o Mercado Livre desde que o governo flexibilizou as regras do setor, no início de 2024.
Esse movimento vem crescendo de forma exponencial, apenas em fevereiro de 2025, por exemplo, foram registrados 2.443 novos consumidores, representando um aumento de 74% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Esses números refletem a crescente acessibilidade do Mercado Livre para diferentes perfis de empresas, ampliando a participação para consumidores de menor porte, que agora podem aproveitar os benefícios dessa modalidade, especialmente com o suporte de consultorias especializadas.
O Mercado Livre de Energia no Brasil está prestes a passar por mudanças ainda mais significativas graças à MP 1300, publicada recentemente. Essa medida provisória estabelece um cronograma de abertura gradual do ACL para novos perfis de consumidores, incluindo os de baixa tensão.
Essas mudanças prometem democratizar ainda mais o acesso ao Mercado Livre, tornando possível que pequenas empresas, comércio varejista, e até consumidores residenciais se beneficiem das vantagens do ACL.
A Athena Energia é uma consultoria especializada que atua no suporte completo para empresas interessadas em migrar e operar no Mercado Livre de Energia. Com profundo conhecimento regulatório e técnico, oferecemos:
Essa atuação integral garante que empresas de todos os portes possam navegar com segurança e eficiência pelas oportunidades que o Mercado Livre oferece, especialmente frente às transformações previstas para 2026 e 2027.
A história do Mercado Livre de Energia no Brasil é marcada por uma evolução contínua, desde sua criação nos anos 1990 até o crescimento acelerado dos últimos anos e as perspectivas de abertura total em poucos anos.
O ACL se consolidou como uma alternativa estratégica para empresas que buscam autonomia, economia e sustentabilidade.
Com a entrada de mais consumidores, especialmente de médio e pequeno porte, e o avanço das regulamentações, o Mercado Livre tende a se tornar uma realidade para a maior parte das empresas brasileiras.
Preparar-se para essa transição, contando com parceiros especializados como a Athena Energia, é fundamental para aproveitar todos os benefícios dessa modernização.
Seja você empresário, gestor ou profissional do setor elétrico, conhecer a trajetória do Mercado Livre é o primeiro passo para fazer parte dessa revolução energética.
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