O Brasil está prestes a viver uma transformação histórica em seu setor elétrico. O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a Consulta Pública nº 196, que trata da regulamentação da abertura total do Mercado Livre de Energia. A proposta, vinculada à Medida Provisória nº 1.300/2025, prevê que todos os consumidores (inclusive residenciais, pequenos comércios e indústrias de menor porte) possam escolher livremente o seu fornecedor de energia, em um modelo semelhante ao que já ocorre com telefonia e internet.
Essa mudança representa não apenas a modernização do setor, mas também o fortalecimento da liberdade de escolha do consumidor, que passará a ter mais poder de negociação e acesso a novas modalidades de contratação. Além disso, a abertura promete estimular a concorrência, incentivar a inovação e criar um ambiente tarifário mais equilibrado.
Neste artigo, você vai entender os principais pontos dessa proposta e como ela pode transformar o futuro do mercado de energia no Brasil.
A Consulta Pública nº 196 é o passo inicial para a regulamentação da abertura total do mercado. O objetivo central é estabelecer regras claras para que consumidores residenciais, pequenos comércios e indústrias de menor porte possam migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), ampliando o acesso ao modelo que hoje já atende grandes consumidores.
Entre os pontos destacados pelo MME estão:
Essa agenda é um marco de modernização, alinhada à visão de um mercado mais transparente, equilibrado e sustentável.
Vale lembrar que a consulta pública também abre espaço para que especialistas, empresas e consumidores participem com contribuições, reforçando o caráter democrático do processo.
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A abertura traz benefícios diretos para quem hoje não tinha acesso ao ACL. Para os consumidores residenciais, a principal vantagem será a economia.
Com mais opções de contratação, o consumidor poderá escolher planos que melhor se ajustem ao seu perfil de consumo, evitando desperdícios e garantindo previsibilidade nos gastos mensais.
Nos pequenos negócios, como padarias, salões de beleza ou escritórios, a possibilidade de migrar para o mercado livre pode significar uma redução importante de custos fixos. Isso libera recursos para investir em inovação, melhorar o atendimento ou ampliar a oferta de serviços.
Um exemplo prático: um pequeno comércio que hoje paga tarifas reguladas pode, no futuro, negociar contratos com preços fixos ou até vinculados a fontes renováveis, aumentando sua previsibilidade e contribuindo para a sustentabilidade.
Além disso, residências de alto consumo, como aquelas que utilizam equipamentos elétricos intensivos (ar-condicionado, aquecimento elétrico ou carregadores de veículos elétricos), poderão contratar planos específicos que se adaptem a esse perfil.
Esse cenário estimula também novos modelos de contratação, como pacotes que combinam energia solar, eólica e digitalização do consumo, ajustados ao perfil de cada cliente. O resultado esperado é uma maior conscientização sobre o uso eficiente da energia e a valorização de soluções sustentáveis.
Apesar dos avanços, a abertura total do mercado exige atenção a alguns desafios regulatórios. A Consulta Pública nº 196 aborda questões como:
Esses pontos garantem que a transição aconteça de forma organizada, sem riscos para consumidores nem para a estabilidade do sistema elétrico. A experiência internacional mostra que a digitalização e a existência de um supridor de última instância são fundamentais para dar confiança ao processo.
As distribuidoras de energia terão um papel renovado nesse cenário. Hoje, além de distribuir, elas também comercializam energia para os consumidores regulados. Com a abertura total, sua função tenderá a se concentrar na infraestrutura de rede, garantindo qualidade e segurança no fornecimento.
Para mitigar riscos de sobrecontratação (quando distribuidoras compram energia em excesso) ou de exposição involuntária (quando ficam sem energia contratada suficiente), o MME prevê encargos específicos que redistribuam esses custos de forma justa. Dessa forma, evita-se que os custos sejam arcados apenas por um grupo de consumidores, promovendo equilíbrio entre regulados e livres.
Esse reequilíbrio de funções e encargos ajudará a criar um setor mais transparente e equilibrado, no qual todos os consumidores tenham direitos semelhantes e paguem apenas pelos custos que realmente lhes dizem respeito. A longo prazo, as distribuidoras poderão focar em inovação em redes inteligentes, manutenção preventiva e qualidade do serviço prestado.
O Mercado Livre de Energia já representa uma fatia significativa do setor. De acordo com o Boletim de Energia Livre de setembro de 2025, publicado pela Abraceel, existem atualmente 79.572 unidades consumidoras no mercado livre de energia elétrica (julho/2025).
Esse número reflete o ritmo acelerado de adesão e indica o potencial de crescimento com a abertura total para residências e pequenos negócios.
As oportunidades são diversas:
Além disso, a abertura cria espaço para novos players no mercado, como startups de tecnologia e comercializadoras especializadas em energia renovável.
Esses agentes poderão oferecer serviços inovadores, desde pacotes combinados de energia verde até plataformas de monitoramento de consumo via aplicativo. Esse ecossistema fortalece a competitividade do setor e aproxima o consumidor de soluções modernas.
A abertura total do Mercado Livre de Energia representa um divisor de águas para o setor elétrico brasileiro. A proposta do MME, ligada à MP 1.300/2025, oferece mais liberdade de escolha, moderniza a tarifação, precondições para um sistema mais transparente e equilibrado.
Para consumidores residenciais, pequenos negócios e indústrias, a novidade traz ganhos de economia, previsibilidade e sustentabilidade. Já para o setor como um todo, abre espaço para inovação, digitalização e expansão das fontes renováveis.
A Athena Energia acompanha de perto cada passo da regulação e está preparada para apoiar empresas, parceiros e consumidores nesse novo cenário. Com expertise no ACL, ajudamos a transformar a liberdade de escolha em vantagem competitiva e em contratos mais inteligentes.
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