Mercado Livre de Energia

Mercado Regulado encarece conta de luz em 45% além da inflação

O Mercado Regulado de energia elétrica é o modelo em que a maioria dos brasileiros está inserida. Nele, as tarifas são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e repassadas pelas distribuidoras.

Essa estrutura garante que o fornecimento chegue a todos, mas também limita a possibilidade de negociação e, como mostram os números mais recentes, pesa cada vez mais no orçamento.

Um estudo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), divulgado em junho de 2025, revela que, entre 2010 e 2024, a tarifa média do Mercado Regulado subiu 177%. Passando de R$112 por megawatt-hora (MWh) para R$310/MWh.

No mesmo período, a inflação oficial medida pelo IPCA foi de 122%. Na prática, isso significa que a conta de luz ficou 45% mais cara que a inflação acumulada. Enquanto isso, no Mercado Livre, o aumento no mesmo intervalo foi de apenas 44% (R$102/MWh para R$147/MWh), ou 64% abaixo da inflação.

Esses números mostram uma diferença evidente e que não é pontual, mas sim estrutural. E isso pode impactar diretamente a competitividade de empresas de todos os tamanhos.

Como funciona o Mercado Regulado?

No Mercado Regulado, a energia é adquirida por distribuidoras em leilões públicos e vendida aos consumidores por meio de tarifas definidas pela Aneel.

Os contratos de compra firmados pelas distribuidoras costumam ter prazos longos, que podem chegar a 30 anos, e são indexados à inflação.

Isso significa que, mesmo que os custos de geração caiam, a tarifa paga pelo consumidor não acompanha essa queda, pois está vinculada ao contrato firmado no passado.

Além disso, no valor final da conta de luz entram encargos e custos adicionais, como:

  • Bandeiras tarifárias, que cobrem gastos extras com compra de energia;
  • Encargos setoriais, como os de Itaipu, que incluem despesas socioambientais e governamentais;
  • Custos de operação de usinas térmicas, usadas quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas é baixo;
  • Riscos como o hidrológico, que também são repassados ao consumidor.

Esses elementos fazem com que a tarifa do Mercado Regulado seja menos previsível e mais exposta a fatores externos.

O aumento das tarifas em números

O levantamento da Abraceel mostra que a alta acima da inflação não é um fenômeno recente.

Fonte: reprodução / Estudo Evolução dos preços e tarifas de energia (Abraceel)

Quando se amplia o horizonte de análise para o período entre 2003 e 2024, o cenário se repete:

  • A tarifa no Mercado Regulado passou de R$ 84/MWh para R$ 310/MWh, aumento de 269%;
  • No mesmo período, o IPCA acumulou alta de 218%;
  • Isso representa uma diferença de 23% acima da inflação.

No Mercado Livre, a variação no mesmo intervalo foi de 90% (R$77/MWh para R$147/MWh), ou 59% abaixo da inflação.

Esses dados reforçam que, ao longo de décadas, o Mercado Regulado tem apresentado um custo proporcionalmente maior para o consumidor.

Por que a tarifa regulada sobe mais?

O estudo da Abraceel aponta três fatores principais:

1. Indexação de longo prazo

Contratos atrelados à inflação por períodos que chegam a 30 anos dificultam reduções. Um exemplo citado é o da energia das hidrelétricas do Rio Madeira: no início, o preço era baixo, mas os reajustes anuais acima do IPCA tornaram a tarifa mais cara que o valor praticado no Mercado Livre.

2. Custos e encargos incorporados à tarifa

A energia de Itaipu, cujos investimentos já foram pagos, poderia ser mais barata. No entanto, como é vendida ao Mercado Regulado, inclui encargos que não estão diretamente ligados à operação da usina.

3. Decisões políticas e reservas de mercado

Determinadas fontes de energia são contratadas por obrigação legal, mesmo que não sejam as mais competitivas. Isso impacta diretamente o valor final pago pelo consumidor.

Como a inflação afeta o consumidor regulado?

No Mercado Regulado, a atualização anual dos contratos pela inflação garante previsibilidade para o fornecedor, mas não para o consumidor.

Quando o IPCA está alto, o reajuste da tarifa acompanha essa variação, mesmo que o custo de geração não tenha subido na mesma proporção.

Além disso, eventuais crises energéticas, como períodos de seca, podem levar ao acionamento de usinas térmicas, que têm custo de produção mais alto, pressionando ainda mais a conta de luz.

O Mercado Livre de Energia: uma alternativa

O Ambiente de Contratação Livre (ACL) é o modelo em que consumidores podem negociar diretamente com fornecedores as condições de compra de energia.

Isso inclui preço, prazo e fonte utilizada, como: hidrelétrica, eólica, solar ou biomassa. No ACL, o cliente não está sujeito aos contratos firmados pelas distribuidoras e pode buscar ofertas mais vantajosas.

Entre as principais vantagens estão:

  • Negociação direta de preços, reduzindo encargos embutidos;
  • Escolha da fonte de energia, com possibilidade de contratar energia renovável certificada;
  • Contratos personalizados, que se adaptam ao perfil de consumo;
  • Maior previsibilidade de custos, importante para planejamento financeiro.

Leia também: “Mercado Livre de Energia atinge recorde de novos consumidores”

Quem pode migrar?

Atualmente, empresas com demanda contratada a partir de 500 kW podem migrar diretamente para o ACL.

Para negócios com contas de energia a partir de aproximadamente R$5 mil por mês, há a possibilidade de entrar no Mercado Livre por meio de comercializadoras varejistas, que agrupam consumidores menores para viabilizar a compra.

O processo de migração envolve:

  1. Analisar o histórico de consumo para avaliar a viabilidade;
  2. Negociar condições de contrato com um fornecedor no ACL;
  3. Adequar sistemas de medição junto à distribuidora local;
  4. Iniciar o fornecimento nas novas condições.

O papel da Athena Energia na transição

Migrar para o Mercado Livre exige conhecimento técnico e atenção a aspectos regulatórios e comerciais.

A Athena Energia atua como parceira estratégica nesse processo, oferecendo:

  • Simulações de economia com base no perfil de consumo;
  • Apoio em negociações contratuais para garantir condições competitivas;
  • Gestão do fornecimento de energia, com acompanhamento contínuo;
  • Oferta de energia renovável certificada, alinhando economia e sustentabilidade.

Essa abordagem reduz riscos e aumenta as chances de sucesso na transição.

Conclusão

O estudo da Abraceel mostra que permanecer no Mercado Regulado significa conviver com aumentos que superam a inflação e reduzem a competitividade das empresas.

Enquanto isso, o Mercado Livre apresenta preços historicamente mais baixos e condições mais flexíveis para quem busca previsibilidade e economia.

Com a abertura gradual do setor e o apoio de parceiros como a Athena Energia, migrar para o ACL está cada vez mais acessível para empresas de diferentes portes. Para saber mais detalhes, entre em contato clicando aqui.

Comece a economizar agora

Informe seus dados que o nosso time entrará em contato em breve com uma proposta.

Obrigado! Sua submissão foi recebida!
Ops! Algo deu errado ao enviar o formulário.