Mercado Livre de Energia
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Regulamentações no Mercado Livre de Energia: previsões para 2027

A abertura do Mercado Livre de Energia ganhou novos rumos com a publicação da MP 1300, que estabelece marcos regulatórios importantes até 2027. A proposta traz mudanças que afetam consumidores, investidores e agentes do setor elétrico, com destaque para a ampliação do acesso ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), o fim de subsídios para fontes incentivadas e novas regras para autoprodução.

Neste artigo, explicamos como essas mudanças impactam diferentes perfis de consumidores e quais caminhos as empresas podem seguir para se preparar.

Se você atua ou deseja ingressar no ACL, acompanhe a leitura até o fim para entender todos os desdobramentos dessas regulamentações!

O que muda com a MP 1300 no Mercado Livre de Energia?

A MP 1300 representa um passo decisivo para a abertura do Mercado Livre de Energia em 2027. Ela prevê o acesso gradual de novos perfis de consumidores à negociação direta com geradoras e comercializadoras, eliminando intermediários como as distribuidoras.

Entre os principais pontos:

  • Estabelecimento de datas para migração de consumidores de baixa tensão;
  • Redefinição de regras para autoprodução;
  • Fim dos descontos nas tarifas para fontes renováveis;
  • Introdução de um novo modelo para a Tarifa Social de Energia Elétrica.

Essas mudanças reforçam o setor e trazem oportunidades e desafios para empresas e profissionais.

Etapas da abertura completa até 2027

O cronograma proposto avança de forma progressiva:

  • 2026: liberação para consumidores de baixa tensão com carga inferior a 500 kW.
  • 2027: abertura total, permitindo que todos os consumidores possam contratar livremente.

Essa ampliação democratiza o ACL e exige preparação técnica e regulatória por parte dos interessados, principalmente na avaliação de contratos e estratégias energéticas.

Cronograma de migração para o ACL

A MP define marcos claros para que a migração aconteça de forma organizada. Abaixo, os principais pontos:

  • Fevereiro de 2026: prazo para a regulamentação detalhada pela Aneel;
  • Janeiro de 2026: migração liberada para consumidores de baixa tensão;
  • Janeiro de 2027: abertura total do mercado.

Com isso, empresas devem iniciar seus estudos e planejamentos ainda em 2025 para garantir uma transição segura e eficiente ao Mercado Livre de Energia.

Fim dos incentivos para fontes renováveis

Um dos pontos mais sensíveis é o encerramento dos subsídios aplicados a fontes como solar, eólica e biomassa.

A partir de 2026, deixam de valer os descontos nas tarifas de transmissão e distribuição para novos projetos incentivados.

Impactos no planejamento de novos empreendimentos

  • Projetos com conexão prevista após 2025 perderão os benefícios;
  • Investidores devem reavaliar viabilidade econômica de empreendimentos renováveis;
  • A busca por contratos bilaterais com consumidores tende a crescer.

Apesar disso, o Mercado Livre segue como ambiente estratégico para a negociação de energia limpa, via PPAs e contratos de longo prazo, com foco na previsibilidade de receita e sustentabilidade.

Redefinição do conceito de autoprodutor

A MP 1300 também altera o enquadramento de quem pode ser considerado autoprodutor de energia.

Agora, para se enquadrar nessa categoria, a empresa precisará atender a novos critérios:

Novas exigências regulatórias

  • Demanda contratada mínima de 500 kW;
  • Participação societária direta igual ou superior a 30% na usina;
  • Vedação a estruturas societárias que apenas simulem a autoprodução.

Empresas que já operam como autoprodutoras têm seus contratos preservados, mas novos projetos deverão seguir essas regras, o que exige atenção ao planejamento jurídico e financeiro.

Nova tarifa social de energia elétrica

A MP também apresenta mudanças no modelo da tarifa social, ampliando o acesso para famílias de baixa renda.

Entre os principais pontos:

  • Isenção total da fatura para consumo até 80 kWh/mês.
  • Novas faixas progressivas de subsídio para consumo entre 80 e 220 kWh/mês.
  • Inclusão automática de famílias do CadÚnico na base de beneficiários.

Essa medida busca mitigar os impactos da abertura total do mercado sobre os consumidores mais vulneráveis e reduzir a inadimplência no sistema.

Oportunidades e desafios para empresas

A transição para o Mercado Livre de Energia impõe desafios operacionais, mas também amplia o controle sobre custos e planejamento.

Como se preparar para a abertura do mercado?

  • Realizar um diagnóstico de perfil de consumo com base no histórico de faturas;
  • Avaliar condições de migração e viabilidade econômica;
  • Contratar suporte regulatório e técnico para análise contratual e adequação regulatória.

Vantagens competitivas no Ambiente de Contratação Livre (ACL)

  • Redução de custos com energia;
  • Possibilidade de contratar energia renovável;
  • Previsibilidade orçamentária via contratos personalizados;
  • Maior flexibilidade na gestão de consumo e expansão de unidades.
  • Estratégias de eficiência energética adaptadas ao perfil da empresa;
  • Aproveitamento de períodos sazonais de baixa nos preços de energia;
  • Fortalecimento da imagem institucional com foco em sustentabilidade.

A partir de 2026, empresas que estiverem preparadas poderão sair na frente, acessando preços mais competitivos e segurança jurídica.

Leia também: “Migração para o mercado livre está atraindo pequenas empresas”

A Athena Energia nesse novo cenário

A Athena Energia atua diretamente na consultoria regulatória e planejamento estratégico para operações no ACL.

Oferecemos soluções completas para empresas que desejam atuar com segurança e eficiência no mercado livre de energia.

Soluções especializadas:

  • Suporte para migração regulatória e operacional;
  • Análise de contratos e negociação de PPAs;
  • Estudos de viabilidade para autoprodução;
  • Modelagem de consumo e análise de riscos regulatórios;
  • Capacitação de equipes internas para o novo ambiente regulatório;
  • Desenvolvimento de estratégias energéticas personalizadas.

Com uma equipe especializada, acompanhamos cada etapa da transição, oferecendo previsão e assertividade para clientes em todo o Brasil.

Conclusão

A MP 1300 inaugura um novo capítulo para o Mercado Livre de Energia, ao ampliar o acesso ao ACL e reformular mecanismos regulatórios.

Com o fim de subsídios, a redefinição do conceito de autoprodutor e a abertura total prevista para 2027, consumidores e empresas precisam agir com planejamento.

Empresas que se anteciparem às mudanças terão condições mais favoráveis para negociar energia, reduzir custos e garantir sustentabilidade em suas operações.

A Athena Energia está pronta para apoiar consumidores nesse novo cenário. Acesse nossos canais e acompanhe o blog para ficar por dentro das atualizações regulatórias e soluções do setor elétrico.

Continue acompanhando nossas análises sobre o Mercado Livre de Energia e entenda como tomar decisões estratégicas para o futuro energético da sua empresa. Entre em contato com nossos especialistas e saiba como transformar desafios regulatórios em oportunidades de crescimento sustentável!

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